Supposed To Be

Xx: O que mais você quer de mim?
Xy: Queria ouvir mais, talvez um obrigado.
Xx: então obrigado por não me deixar em paz.
Xy: O mais próximo de paz que tive foi você
Xx: Que seja mas chega! Já não basta ter que viver com esse peso, ainda me vem você com esses gritos que não me deixam pensar?
Xy: Pensar em que? Na sua vida, faculdade, seus amigos?
Xx: E eu lá tenho tempo pra isso?
Xy: Tem tempo pra quê então?
Xx: Pra você que não é. Ou pelo menos não deveria ser.
Xy: Se não deveria então é?
Xx: Não sei o que é, só sei que suas perguntas já bastaram.
Xy: Então quer que eu me cale?
Xx: É o que já devia ter feito. Se não percebe perguntou denovo
Xy: Se tivesse destoado, já teria me calado a tempos, essa tua mania de detenção de verdade absoluta.
Xx: Já vamos apontar criticas? Próximo passo já entra as Torpes né ?
Xy: Talvez vá antes disso.
Xx: Talvez não.
Xy: Fica.
Xx: Pra que ficar se falta paz?
Xy: Mas sobra amor, de que mais precisa?
Xx: Amor assim machuca
Xy: Mas longe dele já não ta machucando?
Xx: Prefiro assim e nada me tira que isso só nos destrói
Xy: Mas porque essa mania de esconder o que ta na cara?
Xx: E que diabos essa tua mania de perguntar, perguntar!
Xy: DESCULPA!
Xx: Gritar.
Xy: É tanto amor, e não te suporto por isso, deveria ter mais defeitos do que deixar a pasta de dente destapada;
Xx: Eu também te amo, se é o que quis dizer.
Xy: Mas Afinal o que fazemos com isso?
Xx: Comece saindo por aquela porta.
Xy: É adeus?
Xx: Nunca é;
Xy: NUNCA É...

É calmo o olhar
que pára meu temor
Suspende o choro imundo
Dá voz a quem calou.

É doce a voz
Que sopra aos céus amor
Grita à Deus e o mundo
Que todo mal passou.

É leve a mão
Que vem me acalmar
Põe se a afagar
O rosto que o choro inundou.

É linda a poesia
Que não vai falar de mim
Pois não sou singular
Na luta por saber quem sou.

Talvez eu tenha dito coisas demais
Quando deveria só seguir sem perguntar
a gente espera por mais compreensão que pode dar
e acaba tirando os olhos do que importa no fim

Talvez se eu tivesse um cigarro não te ligaria
Pois sempre ultrapassa o desespero e escorrego,
Atrás de respostas para tudo e perguntando demais
Assusto e entrego tudo a quem mais importa
Poupar de minhas loucuras.

Eu acho difícil quebrar laços, mas foi o melhor
tiro as escuras de todos, ela soube fazer.

Então eu disse adeus a Betim, pois lá, todos
não puderam compreender que o que fiz, foi por amor,
e a cada sopro desse novo vento o sangue entupia
de vez o senso nas artérias.

Depois eu disse oi ao sorriso e quis tentar respirar
Mas pouco me cabia ar quando não vi que valeria a pena
teci mais três casacos para enfrentar esse novo inverno
corri o mais rápido que pude, sem pulmão, rabisquei.

Algumas frases no caderno dela e esperei,
o que não veio, e não, ela não soube como fazer.

Aí não passei mais no salgado filho, pois o pop nunca foi meu forte
e acho que o que afasta alguém de algo, é a falta de sincronismo
mas ela ficou sempre aqui, e todas vezes que a vejo me apaixono outra vez.

E disse adeus ao Barreiro, mesmo nunca querendo ir.
talvez a vida quisesse assim, eu sou só um peixe
que se assusta quando o destino joga uma pedra em minha direção.
Se é que ele existe.

É quase de manhã e a única coisa que eu não penso em fazer é descansar.
Me arrumo as pressas para sair antes que alguém se levante.
Não quero fracassar mais uma vez.
Tanto tempo esperando por esse momento,tantos planos feitos pra essa hora.
Tudo está saindo conforme o planejado.
Olho pela janela do meu quarto e vejo poucas nuvens e algumas estrelas espalhadas pelo céu, me dizendo que com a chuva, não devo me preocupar.
Tudo que queria mesmo era que a chuva fosse minha maior preocupação neste momento.

Mesmo sabendo de todos os riscos, de todas as consequências que isso pode causar,respiro fundo e sigo em frente.
Passei muito tempo da minha vida preocupado com tudo e com todos,mas desta vez,farei diferente.
Vou pagar pra ver
me arriscar.
Levo comigo a esperança,algumas fotos e a vontade de viver.
E o que fica é a gratidão por fazer de mim alguém forte e capaz de caminhar sem medo de olhar pra trás,sem medo de correr atrás dos meus sonhos, da minha felicidade.

Corro os olhos por tudo que vou encontrar em minhas lembranças daqui pra frente e me despeço de todos os bons momentos que vivi nesse lugar.
O sol está por vir, me dizendo que não posso mais esperar.
Enfim,hora de partir.

Os sentimentos brigam entre si
em uma guerra brutal e desnecessária
criada pela rotina diária dos homens.

Desnecessário porque independente da ocasião,
o sorriso tem que estar em seu posto.
Sempre visível!

Enquanto as lágrimas lutam fortemente contra o sorriso,
Devemos lembrar que independente das nuvens no céu, acima delas existe um céu azul e tranqüilo, aguardando a chuva, para vir a tona.

Enquanto a tristeza briga com a esperança,
devemos lembrar que mesmo que uma flor não desabroche, a intenção da semente permanece.

Enquanto a decepção agride o amor,
devemos lembrar que quando soltamos um sorriso mesmo sem motivo, temos mais chances de receber sorrisos verdadeiros, do que estando com a cara fechada.

Enquanto a morte tenta acabar com a vida,
devemos lembrar que a vida não só acaba quando os olhos fecham pela ultima vez, mas também, quando a esperança, o amor e o sorriso perdem a guerra.

Sentado em um banco de uma praça qualquer, fico observando as pessoas transitando feito máquinas pra todos os lados.

Hoje eu quero ouvir conselhos de verdade, sem frases feitas, palavras bonitas, quero ouvir de quem passou por isso, quem sentiu na pele, quem viveu, morreu, morreu por viver na saudade. Chega de livros e musicas! Como podem fazer da tristeza ou da dor uma coisa tão simples e quase sempre tão linda? É descritível! Como pode? Amor e suas vertentes não deveriam ser assim, tão compreensíveis, pois não são. Porra, onde estão as brigas? Os palavrões? Onde estão os choros e as horas em que não sabia o que falar? Verso por verso, cada estrofe, mas quem consegue organizar assim seus sentimentos tão confusos? Ninguém. Hoje eu quero algo que não iluda passageiros de primeira viagem, que diga direto:
- Você ainda vai se foder!
Amor vai ser comparado com a flor que ainda nem floresceu e já desejam tocar tuas pétalas, desejo de quem ocioso almeja se encher de outro ser. Mas amor é dor de quem vive, saudade de quem viveu, desejo de quem sozinho está bem, mas ainda não sabe. Amor é fatal, é inevitável, mas se fosse tão bom seria opção. Ele vem sem pedir, a gente pede sem ver. Amor, amor, a gente nasce de tu e morre sem te entender.

Mais uma noite absurda e incontáveis passos. Sem medo de me repetir, mais um cigarro e menos uma conclusão. São tantas desventuras. Quanta coisa a gente sente e nem se da conta. Acho que era barulho de mais. Me dei conta de que aprendi a reparar nas pessoas. Nos seus sorrisos, nas suas manias, nas suas pretensões. Há algo de estranho nisso tudo. Em tudo no final das contas, eu acho. Um amor me disse isso uma vez, que todo mundo é meio estranho as vezes. Me assusto a cada dia que passa e vejo que ela tem razão. Ela tinha apenas 15 anos na época. Quais serão as conclusões dela agora?

O mundo é feito de detalhes. Detalhes pequenos, grandes, coloridos, preto e branco, com formas ou abstrato. Como você quiser. cada pessoa um mundo diferente. Cada diferença uma pessoa-mundo. E assim entre garrafas e cigarros vou observando pessoas virem e irem da minha vida numa velocidade tamanha que tudo que guardo são lembranças anotadas em papéis jogados para um dia virarem história pra contar. cada sorriso diferente, ideologias ou a falta delas. Cada abraço tem um sabor diferente, cada beijo tem um delírio distinto. A cidade é minha casa e a noite meu dia. Então puxa a cadeira, senta bem perto e escuta porque vamos contar algumas histórias pra vocês.

Rodrigo Vieira