Escuro,medo,dor,
angústia,desespero,falta de ar,
solidão,briga,tormento,
insânia,mágoa,amargo,
cinza,frio,tristeza,
malícia,maldade,insignificância,
desprezo,raiva,stress,
café,insônia,vício,
apático e vazio.
vazio.
O espelho
Sem Fé
Vamos lá, misturar essências essencialmente específicas
crucialmente duradouras, e circunstancialmente cáusticas
Boaventura quando acaso, mais e menos ao mesmo tempo
colisão de razão, brincadeiras sérias, fundamentalismo em vão
contrói-se tudo a cerca da ambiguidade,
contradiz-se tudo enquanto há álibi
pra questionar qualquer vazio sem direção
ser covarde o suficiente para denotar qualquer breve explicação
e tudo, não há tudo sem nada, oposição de senso,
e não há senso sem alma, nem desdobras de amor
não se tem fé, mas se tem tendências,
o acaso é capaz de mover as células, mas não um chapéu da cabeça
tudo se faz a santa frieza, do que se imagina ser
um bem sem mal, um sarcasmo barato do ser.
sem diferenciar a massa segue sem questionar
é mais covarde afirmar, que em tudo há
muita memória para pouco chão, sei pouco se sei
mas quanto a mim, é melhor assim, do que sem saber
viver a constante busca, infindavelmente, e cabeça sem mente
sempre termina no fim.
Eu só queria dizer
Fênix
Abandono meu fardo
e corro em forma de soneto.
Eu descalço, largo o fardo de ser previsível,
De ser mais um, seguindo mais um padrão, criado por mais um.
Deixo a rotina e a constância na beira da estrada
e vivo. Apenas.
Eu e minha constância inconstante
Eu e meu vidro opaco
Meu espelho turvo
Meu sorriso sujo.
Largo também a seriedade,
dou espaço pra felicidade sentar-se
e me divirto com o notório acaso.
Decifra-me ou devoro-te.
Abrace-me ou nem me olhe.
É assim que as coisas são.
Constantes inconstâncias,
Valores ilegíveis,
Sorrisos Mastigados
E beijos não dados.
Amores perdidos
corações encontrados.
Rancores sofridos
Sorrisos não reparados.
Agora me despeço.
Mais não se engane
São das cinzas que
saem os mais lindos versos.
Quem Acende As Estrelas
e quando amanhecer, espero que todas as farpas fiquem pra trás,
espero cantar pra você de novo mesmo sem voz
e vou tentar fazer com que me entenda, mesmo que não faça muito sentido,
e se tiver cansada espero que me escute falar pelo menos até dormir,
ouvir o quanto me faz bem, dormir mesmo sem saber
a que horas devemos acordar, e gostar do suco que eu fiz
pra gente, mesmo estando horrível e sem doce demais,
assistir aquele mesmo filme dez vezes e brigar por qualquer bobagem
sem ser muito serio, sabe.
não sei se por bem, não vou implicar com a sua preocupação,
e não vou pensar tanto no barulho lá fora, me faz bem te ver com meu casaco
e brincando com meu cachorro. Faz a vida ser mais bela, e não pensar no finito
e que realmente não somos grandes demais pra pensar que tudo foi perdido,
mesmo nada sendo como antes, não quero mais nada não.
Sem falar no amor
O Palhaço
Talvez te assuste, eu assim, mascarado
Mas no fim eu me mostro criança
Que só deseja ter toda atenção
Teu olho assim, assustado, agora se espreme
Dá lugar ao sorriso, com toda razão
Eu aqui feito bobo, só me importo contigo
E nem ligaria se você me chamasse
Apenas de amigo, tudo que eu quero ser
Minhas melhores piadas contaria a você
Não sou mágico, nem sei muito bem do futuro
O que eu faço é o que eu consigo fazer
Se preciso me ajoelho aos teus pés e
Em voz alta (eu juro) te imploro
Te faço me prometer, quando você crescer
Não se esquece de mim, eu moro
Em qualquer canto, mas logo volto aqui
Pra te contar da vida, feito acalanto
Só pra te ver sorrir.
Furacão
#R.Sigma
Hiato
Tirei férias de mim mesmo.
Prefiro você a ficar em paz (Waiting for the sun)
Não precisa dizer nada, basta me olhar como olhava naquele tempo que já passou. Não precisa dizer nada, só não me olha esse olhar entristecido, mordendo o lábio, mexendo nas pontas dos cabelos como quando encaracolava as pontas dos meus. Esse olhar de "eu já passei por isso tudo antes". Decorei esse olhar, pois costumava usá-lo nesses mesmos dias frios. O mês inteiro tem sido apenas isso, um dia frio. Custa a passar, mas passa... Passa o frio e o nosso mesmo olhar entristecido.
Insira o título que achar que deve
Era sexta feira,
cansada e falida como outra qualquer
Mas você liga
o tempo muda e tudo para.
É incrível o efeito que tua voz ainda causa em mim.
Era céu, era o inferno
era você.
Vestindo sua armadura em forma de pijama
defendendo com unhas e dentes tudo que era seu:
meu coração.
E o tanto tudo por dizer
não existia mais
tinha se perdido na madrugada
agarrada nas suas últimas palavras antes de dormir.
Que me espancaram
e de repente já era sábado
acordei vestindo um pouco de você
atordoado
vendo você entrar pelo quarto dizendo
"acorda, o almoço ta pronto
o pior já passou
o mundo te espera
os meus braços também
e acho que é com você que eu vou"
Muito acorde e pouco rumo
Um sorriso Arregalado,
iluminado por movimentos desajeitados
uma risada emocionantemente decorada
por um olhar perdido em pensamentos.
Mãos desenhadas,
Desenhadas à mão.
Dispersas e condecorada
com a companhia das minhas.
Companhia que lembra um abraço,
um laço, um sonho
Sonho com muito cafuné e pouco sono,
Muito acaso e pouco plano.
Muito acorde e pouco rumo.
Conquistas que teremos,
Sonhando ou vivendo
Voando ou correndo.
Não importa.
Deixo a vida nos falar,
e meus olhos te gritar.
Escrevi pra poder te dizer,
Que foi um prazer te conhecer.
monobloco
hesitação, nao dispara então esse tiro que me faria cair
ao invés disso me diz o que há por vir que eu cansei de supor
esse mundo louco me tira do sério, é tanta alma pra pouco ser
e sem querer invadem meu peito apunhalam por mal
parece normal pensar assim, me sinto um interprete de surdo-mudo
que não consegue filtrar tanto absurdo e cala-se pra não se ferir
retalho um abrigo recolho o ouvido pra não ouvir o silêncio
que mata implora e não traz gloria pra tanto sem fundamento
encosto porém e me permito respirar, indago menos caso
me afasto sem avisar e me preencho de vazio repasso a informação
Me torno meu próprio vilão mas de cabeça erguida não esquivo da ferida
que faz aberta, permaneço alerta pra mais um final garantido.
sem muita conversa e pouca despedida.
Quadrinha para um amigo
Quem é você afinal?
Se tua palavra não condiz com tua letra
Se teu começo não condiz com teu final?
Quem é você que chegou?
Porque agora me parece um estranho?
Achei que fossemos iguais.
Mas olha esse vazio
Olha o que deixou pra trás
Ainda prefere ficar sozinho?
Isso pra você é paz?
Rejeitar quem te quer bem
Quando o nada já te satisfaz.
Quem é você afinal?
Se tua história nem teve um começo
Pra que inventar um final?
Maré
Perdido..
Ancorado em um cais jamais visitado.
Amarrado e restrito.
O mar me busca em direção a ele,
e eu sem poder fazer nada,
Deito e aprecio a maré.
Batendo em meu casco,
assim como ela bate nas pedras..
Dava para ouvir em voz alta
o pedido do mar.
"venha... navegue-me."
E eu ali.. Preso por meras cordas
Em um lugar frio e escuro.
Enquanto o oceano inteiro grita por mim,
E a minha vontade de velejar em direção aos 7 mares,
aumenta..
minha força de vontade, despenca em uma cachoeira..
Cai sob uma rocha, e fica stagnada.. presa pelo acaso.
Opa, me desamarraram...
Tiraram minha ancora das salgadas águas e
abriram minhas velas.
Bom, me despeço aqui.
Deixarei que o mar me leve.
Já é hora de começar a explorar o inexplorado.
É hora de sentir a brisa leve,
de correr em direção ao todo e ao nada.
Hora de desaparecer em meio a planicie...
já é hora de viver.
Conto de Farsas
Quanto mais procuro por estabilidade, mais as pessoas à minha volta são instáveis. Ou talvez eu é que não saiba controlar esse ciclo inevitável e infinito de tudo-igual-mais-uma-vez-e-de-novo. Antes fosse um findo ciclo, ou talvez apenas previsível, pois assim poderíamos evitar e adotar o “cortar o mal pela raiz”. Antes, eu sabia fazer poemas, mas agora vejo as coisas como elas realmente são: meras imitações do passado, com algum toque de diferença para ninguém perceber que tudo é efêmero, tudo se parece, mesmo que se conheça pessoas diferentes, vá a lugares diferentes ou sinta algo mais intenso ou apenas superficial. Situações que se repetem e fingimos não perceber. Talvez eu esteja sendo realista demais, talvez eu esteja apenas sã com o meu pseudo racionalismo. Tento encontrá-lo, mas só encontro vestígios e alguém que tenta passar uma imagem de forte e racional, quando na verdade, é apenas mais um que espera por algo diferente que o fará mudar de pensamento. Um pensamento de “as coisas bonitas já não acontecem mais”. E eu sei que não acontecem, pois existem vários “eu” espalhados por aí que não se deixam levar por algo que poderia ser diferente, já que no fundo sabem que só haverá repetição. E por isso só há repetição. Pois acreditamos que “as coisas bonitas já não acontecem mais”.
Entre as asas e o vento.
Sopra o vento.
Batem as asas.
Abre o sorriso.
Os olhos se fecham.
Dorme o presente.
O Sonho acorda,
O medo se vai,
O acaso aparece,
E o futuro transforma.
Os olhos acordam,
As asas se deitam,
o vento se torna o medo
e o acaso o sonho.
O presente é o futuro,
O medo é o acaso,
Os olhos são sonhos,
E as asas o vento.
O vento sou eu
O sonho as asas,
O futuro o medo,
O acaso o presente.
Volta o cão arrependido
Quando a gente tenta o tanto o faz
e morde a lingua sem saber porque.
Quando a gente pede pra parar
e procura pelos cantos mesmo sabendo que não esta lá.
Quando a gente tenta o esquecer
e o resto do mundo esta lá pra te lembrar.
Quando a gente perde o sentido
e percebe que ele não faz falta alguma.
Quando a gente tenta o não dá mais
e a frase não chega a boca
trava na garganta em feito um nó.
E finalmente
quando a gente tenta o caminhar
ela aparece.
É quando a gente tenta o tentar
De novo e de novo.
A borboleta e o Furacão
Você esquenta, o sangue arde e o tempo passa.
Você Sou eu, sou eu Você;
Já faz 21 pra mim, que eu existo, e toda vez
que aniversariamos, como nosso também é teu,
é amor, o único amor, amor que escorre aos litros
que tapa os ouvidos, que dissolve transparência
que alimenta sonhos, que rompe barreiras,
que sustenta a vida, que move montanhas.
Gratidão, A vocês que abraçam nossos sonhos
como se fossem teus, que abraçam a gente como
se não soubesse que cada 'eu' aqui é reflexo de vocês,
então obrigado.
Obrigado Mãe, por me segurar por nove meses
por me trazer até aqui, Por ter pensado em criar alguém
forte, por não pensar só em dinheiro,
por provar que Amor existe, Por acreditar em cada mentira
por esquecer toda decepção, Pelos dois pasteis e um refresco
pelos Jogos de supernintendo por mês, por bater em mim
por me dar dinheiro, por me ouvir falar, me ouvir chorar
por me achar lindo mesmo quando era emo. por me ajudar a procurar
meu primeiro emprego, por não me cobrar amor
por ser rockeira comigo, por aprovar minhas namoradas idiotas
por me falar que a gente vem da cegonha mas nos mandar
usar camisinha.
Por brilhar, por existir, Por mim, Por nós, pelo mundo
pois nosso mundo é vocês.
A gente ama vocês.
Homenagem às mães mais iluminadas do mundo:
Laura, Val, Martinha, dona Beth, Adriana e Mãe do Graub
♥
Caso o fim não exista
É incrível pensar no rumo que as coisas tomam. O vai e vem que as coisas são, o vai e vem de tudo que acontece em nossas vidas. Despedidas e encontros. Reencontros, pois nem tudo precisa ter um final, afinal. E eu não acho que hoje seja o nosso. Quando algo acaba, nós sabemos que acabou, mesmo que demoremos dias, meses, talvez anos para aceitar. E não sobram tantos resquícios, apenas a experiência e algumas lembranças que se vão com o tempo. Mas e quando, apesar dos muitos pesares e de parecer ser tão impossível, você ainda sente que isso tudo não é o fim? Não acabou, há algo a mais, não vivemos nem um terço do que ainda viveremos. Será que existe mesmo isso de “tudo tem a sua hora”? Prefiro dizer que não, pois o “não” quer dizer que não restam mais esperanças, que iremos seguir em frente e fingir que passou – e que foi fácil. Mas a verdade é que após te conhecer, eu digo que sim. “Sim” para tudo que envolva eu e você em uma única frase clichê de uma canção de amor qualquer.
Aproveite o baile.
Sobre os inimigos que vivaram amigos
É estranho como a vida é estranha
É engraçado quando a gente para pra rir
Você chegou pra me mostrar
Que talvez um amor que eu sentia
Não fosse tão amor assim
Mas oh meu Deus, eu nunca consegui e nem tentei te odiar
E o tempo passou pra me mostrar que eu estava certo
Hoje musico seus versos que sempre admirei
E é impossível não sorrir também
Quando você chega pra nos encontrar
Sempre desajeitado e atrasado
Com um sorriso enorme no rosto
E a velha desculpa de que passou na casa do Lucas
Pra que ninguém sabe
Mas o que se sabe
É que tu é um novo velho amigo
Que guardarei do lado esquerdo do peito
Como manda a canção.
Feliz aniversário.
- LOGO EXISTO
Sobre o que acontece do outro lado da ponte
O que acontece, me diz? Porque estamos tão distantes?
Parece o mundo inteiro contra mim.
O mundo anda tão complicado e você?
Porque você me vira da cabeça aos pés?
Pareço um brinquedo que não quer deixar partir.
Queria esquecer teu nome
Mas a tatuagem virou cicatriz
Talvez guardei até mais do que eu quis, guardar...
Porque você não dobra a esquerda em uma esquina qualquer
sem querer
e bate aqui
e me pede pra entrar
me pede pra ficar.
O que acontece eu não sei
Pareço um origami
Assumo qualquer forma pra você gostar
Me dobro e me amasso e ainda não me rasquei
É que de verdade eu não sei mentir
Prefiro me esconder
Eu nunca sei o que falar pra você.
Queria esquecer meu nome
E reinventar todo esse carnaval
E inventar um jeito, de você nunca me esquecer.
Porque você não dobra a esquerda em uma esquina qualquer
sem querer
e bate aqui
e me pede pra entrar
me pede pra ficar.
Um chocolate e meia palavra.
Cansei de sobreviver. Sim.. cansei mesmo.
Qual é o sentido de sobreviver? não entendo..
Seria por acaso, vender seu tempo de vida, em prol de uma moeda que gera mais stress, e mais perca de tempo?
Eu não. Eu quero mais é viver!
Quero, é poder sentir o perfume das coisas e até, os odores desagradáveis..
Quero aproveitar meu tempo e poder dizer "eu te amo".
Quero poder escutar os timbres das coisas mais sutis, e criar tons com as lembranças boas.
Quero meu tempo de volta.. Para poder respirar o entusiasmo e refletir a luz das estrelas com meus olhos encantados.
Quero minha coragem de chutar o medo e a minha ousadia de rir de tudo.
Quero ouvir a minha gargalhada, que hoje, viajou com a nostalgia e me liga de vez em quando..
Não quero trocar meu bem estar por stress, enquanto burgueses se enriquecem do meu suor.
Quero mesmo é poder mandar a preguiça descer do carro em vez de fazer ela gastar todo o restinho do tempo que sobra para mim.
Sobra pro meu sorriso.
Quero poder parar e ver o coelho na lua.
Quero momentos com violões, praças e amigos..
Quero tempo livre para poder descansar, por estar cansado de não fazer nada.
Quero poder conhecer lugares novos e me surpreender com novas pessoas.
Quero seu sorriso a cada instante e poder retribuir com o meu, amarelo.
Quero um chocolate e uma xicara de café.
Quero um ar frio e um cobertor...
Quero um filme de terror e um susto.
Quero um piano e um acorde de yellow submarine.
Quero seus olhos e meu reflexo neles.
Quero melhores palavras para poder descrever o que quero.
Parece impossível. Porém, qual seria o sentido da vida, se não o querer?
Esperar é tudo que faço ultimamente.
Música pra depois.
Mas se você vier
Seja bem vinda
Esse é o meu mundo
Não tenho explicação.
Mas se você vier
Que seja pro seu próprio bem
Sem nenhum revés
Se for do teu convém
Mas se você quiser
Te mostro as cores mais bonitas
Esteja onde estiver
Seja bem vinda.
Eu mudo a direção
pra chegar
no mesmo lugar
Se quiser ir além
é só me abraçar
Então me abraça
diz que o tempo não vai passar
hoje vai chover
e o inverno vai te ver chegar
e eu quero dançar até o amanhecer
Então disfarça
para o tempo não te levar
eu não quero ver as coisas fora do lugar
hoje eu vou dançar
E se o mundo couber
traga toda sua alegria
É só ficar de pé
que eu te levo pelos dias
Eu tão acostumado, a me fechar
abri todas as portas pra você entrar
E fugi
pra longe de tudo que é dor.
Eu mudo a direção
pra chegar
no mesmo lugar.
Se quiser ir além
é só me abraçar.
Amor é Amor Porque Alguém Cantou Pra Mim
A Matemática Sempre Quis Ser Tão Exata Quanto As Palavras
Eu Tentei Achar Algum Sentido...
...E caminhei até não sentir mais os pés, agora eu só quero dormir, dormir de você,
apagar meus rabiscados,parar de dizer 'oi', parar de voltar aqui pra dizer
o que eu estou cansado de saber, o que você está,que é você quem não está.
eu não preciso implorar. Paz, eu quero paz.Só quero ir embora dessa
história e não voltar mais,eu quero voltar sozinho sorrindo.Eu quero uma namorada.
eu me cansei de rabiscar no vento, me canso de ilusões por
mês.
Eu quero cuidar de mim, eu quero um sorriso de manhã. Não quero mais te ajudar,
eu não sirvo de herói. Quero fazer coisas sujas, quero não ter hora pra voltar,
por que eu fiz, tanto fiz e quis, quão ignorante é puxar de alguém,
palavras que não querem sair, ignorar o natural, pensar só em si, se humilhar.
porque eu tanto fiz, e quis, agora eu só quero não querer. e eu já tentei
de tudo que sou capaz, Mas eu acho que de todas as coisas que tentei
a unica que tenho que conseguir, é te deixar pra traz.
http://eternoefemero.blogspot.com/
sem necessidade para explicações
eu tenho diminuindo os passos. contado as casas, reparado nas pessoas. suspirando de mais, sonhando de menos, mas ainda é sempre um sonho. me perdi por alguma rua errada que entrei. me dei conta de que só entrei nessa rua errada porque eu quis assim. sempre me lembro de quando era garoto. o errado, o inexplicável, o impensado sempre me pareceu mais bonito. gostar de quem não posso ter, comprar o que não posso ter, falar o que não devia falar, não falar quando precisava falar, não falar o que eu deveria ter dito. é sempre um erro. estou sempre na mão do destino que vez ou outra aparece pra brincar. estou sempre a mercê das minhas mais sinceras desculpas esfarrapas. as melhores que eu posso inventar pra não precisar de nada nem de ninguém aqui. ninguém vai nos defender por escolher viver de uma forma não convencional. e o preço que se paga as vezes é alto de mais. mas tenho cicatriz o suficiente para resistir. tenho algo que nenhuma decepção vai tirar. é que a minha felicidade vem de dentro. e eu ainda me lembro como é seguir. é muito fácil de usar, é só andar devagar, caindo em qualquer ilusão. vamos tentar? inc.: zander - pólvora engenheiros do hawaii - armas químicas e poemas dublin - cartilha supercombo - refrões
dias de verão, noites de inverno
março se foi. abril começa a fechar suas portas. ainda ando como a dez anos atrás, com as mãos no bolso e a mesma vontade irritante de salvar o mundo. um mundo de mal intendidos, ambições, desejos, magoas, frustrações, saudades, desencontros e ilusões. mesmo deixando duas décadas para trás, ainda é difícil separar o que é real do que é ficção. chamo de ficção porque tenho achado a palavra mentira muito forte e muito suja. porque mentir é fácil de mais, e mesmo quando estamos dizendo a verdade, esses dois mil e onze anos de "civilização" tem calejado e ensinado as pessoas a não acreditar no seu SEMELHANTE. é tão mais seguro acreditar que todos estão mentindo. é tão mais fácil acusar "você mente" e é tão difícil lembrar que TODOS NÓS MENTIMOS. mentimos mesmo que seja para proteger alguém que a gente gosta de alguma verdade que ela não precisa saber. se isso torna a mentira menos trágica depende da moral de cada um. mentiras pequenas, mentiras grandes, médias, omissões, mentiras sérias, mentirinhas, tem até um dia para danada da mentira. o fato é que quando mentimos nem percebemos, mas quando mentem para gente não lembramos que fazemos isso também. o tempo todo, todo o tempo. afinal de contas, pimenta nos olhos dos outros é refresco. e um refresco bem gelado num calor de 40 graus.